A noção paradoxal de dignidade humana

Autores

  • Roberto Andorno

Resumo

O artigo, inicialmente publicado em inglês na Rivista Internazionale di Filosofia del Diritto, na Itália, reflete sobre o caráter incondicional da ideia de dignidade humana, pressuposto básico do Direito, que a considera como princípio autoevidente, isto é, algo que não precisa ser
demonstrado, mas apenas afirmado. Aponta que essa peculiaridade do conceito de dignidade é tanto a sua força quanto a sua debilidade, circunstância que levanta muitas dificuldades no contexto dos avanços biotecnológicos. Objetiva, portanto, assinalar algumas dessas dificuldades e,
particularmente, o principal paradoxo da dignidade humana, qual seja, o fato de que sob o ponto de vista prático, os seres humanos necessitem de um conceito para assegurar a vida social civilizada ainda que, de uma perspectiva teórica, pareça extremamente difícil, se não impossível, justificá-lo
sem se recorrer a referências metafísicas. Por último, sugere-se a necessidade de se explorar uma saída possível para esse dilema em uma abordagem mais concreta da realidade humana.

Palavras-chave:

Dignidade, Ética, Bioética

Biografia do Autor

Roberto Andorno

Doutor em Direito pela Universidade de Buenos Aires e Universidade de Paris XII, pesquisador do Instituto de Ética Biomédica da Universidade de Zurique, Suíça, ex-membro do Comitê Internacional de Bioética da Unesco, Zurique, Suiça.

Publicado:

2010-03-01

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Como Citar

1.
Andorno R. A noção paradoxal de dignidade humana. Rev. bioét.(Impr.). [Internet]. 1º de março de 2010 [citado 21º de novembro de 2024];17(3). Disponível em: https://revistabioetica.cfm.org.br/revista_bioetica/article/view/509