Suspensão de nutrição enteral em pacientes em estado comatoso persistente

Autores

  • Dario Palhares Universidade de Brasília
  • Íris Almeida dos Santos
  • Antônio Carlos Rodrigues da Cunha

Resumo

O estado vegetativo persistente é uma condição clínica definida como um período prolongado, de seis meses a um ano, em estado de coma, o que somente é possível com o uso de tecnologia médica. Em alguns países, é lícito aos responsáveis legais solicitar a suspensão de nutrição enteral desses pacientes, o que certamente leva ao óbito em um intervalo de poucos dias. É necessário terminologia para diferenciar o que é limitação terapêutica, negligência e eutanásia. A figura da limitação terapêutica surge ao momento de intercorrências agudas dos pacientes crônicos terminais, enquanto a eutanásia é um pedido de morte controlada. Nenhum dado da literatura levantada menciona que a nutrição enteral traga desconforto a esses pacientes, mas sim a discussão se centra em qualidade de vida e dificuldades que os responsáveis perpassam. Conclui-se que a retirada intencional de suporte nutricional nesses pacientes é uma prática de eutanásia.

Palavras-chave:

afogamento, trauma encefálico, sonda nasogástrica, gastrostomia

Biografia do Autor

Dario Palhares, Universidade de Brasília

Médico Pediatra do Hospital Universitário de Brasília, desde 2003. Professor no Curso de Medicina da Faciplac - DF.

Como Citar

1.
Palhares D, Santos Íris A dos, Cunha ACR da. Suspensão de nutrição enteral em pacientes em estado comatoso persistente. Rev. bioét.(Impr.). [Internet]. 22º de junho de 2018 [citado 21º de novembro de 2024];26(2). Disponível em: https://revistabioetica.cfm.org.br/revista_bioetica/article/view/1498