Dilemas éticos no tratamento do paciente pediátrico terminal
Resumo
Na abordagem do paciente crítico faz-se necessário adotar procedimentos de preservação da vida ou paliativos. Gastos inúteis e fúteis devem ser evitados. O princípio da autonomia envolvendo crianças pode gerar conflitos com os seus pais no tocante à obtenção do consentimento esclarecido. Deixar um paciente terminal morrer pode ser ação de interesse do próprio paciente. Devem-se buscar consensos baseados nas melhores evidências disponíveis. Para ele, o princípio do alívio do sofrimento prepondera. A ressuscitação cardiopulmonar no paciente terminal pode ser fútil e cruel. Oferecer uma morte digna é conduta a considerar. Toda a equipe de saúde e a família do paciente deve participar da decisão quanto às condutas restritivas. É fundamental identificar as expectativas da família em relação ao tratamento, assim como considerar seus princípios culturais, morais e religiosos. Para melhorar o entendimento deste assunto, a Sociedade de Pediatria de São Paulo, após ampla discussão, divulgou recomendações a respeito da decisão de não reanimar.Palavras-chave:
alívio do sofrimento, condutas restritivas, consentimento esclarecido, crianças e adolescentes, decisão de não reanimar, morte digna, paciente terminal, procedimentos paliativos, ressuscitação cardiopulmonar
Como Citar
1.
Constantino CF, Hirschheimer MR. Dilemas éticos no tratamento do paciente pediátrico terminal. Rev. bioét.(Impr.). [Internet]. 15º de setembro de 2009 [citado 22º de dezembro de 2024];13(2). Disponível em: https://revistabioetica.cfm.org.br/revista_bioetica/article/view/110