A autonomia kantiana e o enredo da exclusão: análise das condições sócio-históricas brasileiras geradas pelo processo colonizador

Resumo

Esse artigo reflete acerca do conceito de autonomia kantiano, reproduzido da modernidade à pós-modernidade, considerando de que forma se distancia do processo colonizador. Demonstrar-se-á por análise sócio-histórica, a partir do que foi denominado como enredo da exclusão, o quanto o conceito de autonomia está distante da condição de vida de populações brasileiras, geradas pela exclusão de cinco séculos. A manutenção de uma recursividade dominante e distante, por meio do matiz do desenvolvimento das ciências e tecnologias, tem ofuscado os efeitos do processo colonizador, que se desdobrou em novas formas de exclusão. A conclusão aponta que à medida que se desnudam as condições sócio-históricas de manutenção do enredo da exclusão, o encontro entre as epistemologias hegemônicas e as narrativas das populações em situação de exclusão, ainda incomensuráveis, poderá fomentar novos sentidos à compreensão da vulnerabilidade humana.

Palavras-chave:

Autonomia pessoal. Direitos humanos. Populações vulneráveis. Grupos étnicos.

Como Citar

1.
A autonomia kantiana e o enredo da exclusão: análise das condições sócio-históricas brasileiras geradas pelo processo colonizador. Rev. bioét.(Impr.). [Internet]. 24º de maio de 2012 [citado 21º de novembro de 2024];20(1). Disponível em: https://revistabioetica.cfm.org.br/revista_bioetica/article/view/718