Obstinação terapêutica: quando a intervenção médica fere a dignidade humana

Autores

  • Lucimeire Aparecida da Silva Universidade Federal de Mato Grosso do Sul
  • Eduarda Isabel Hubbe Pacheco Universidade Federal de Santa Catarina
  • Luciana Dadalto Centro Universitário Newton Paiva

Resumo

Em razão das possibilidades oferecidas pela tecnociência, a obstinação terapêutica se tornou frequente. Buscando evitar tal prática, profissionais de saúde vivenciam dilemas éticos de manutenção ou suspensão de tratamentos considerados inúteis. O estudo descreve a percepção do profissional de saúde diante da distanásia e reflete sobre aspectos bioéticos envolvidos em questões inerentes ao ser humano. Trata-se de revisão integrativa da literatura realizada a partir de trabalhos publicados nas bases de dados científicos SciELO e BVSalud, no período de 2010 a 2020. Cuidados paliativos e princípios bioéticos são os principais aliados para a recuperação da dignidade do paciente, sendo necessária legislação específica para respaldo do profissional e do paciente. A distanásia consiste em prolongar a vida de enfermos considerados incuráveis, o que, além de não estar de acordo com o princípio da beneficência, resulta em maleficência, devido à exposição à grande incidência de dor e desconforto.

Palavras-chave:

Assistência terminal. Bioética. Autonomia personal.

Como Citar

1.
Silva LA da, Pacheco EIH, Dadalto L. Obstinação terapêutica: quando a intervenção médica fere a dignidade humana. Rev. bioét.(Impr.). [Internet]. 14º de dezembro de 2021 [citado 21º de novembro de 2024];29(4). Disponível em: https://revistabioetica.cfm.org.br/revista_bioetica/article/view/2707