Hanseníase: crenças e tabus de agentes comunitários de saúde

Autores

Resumo

Por meio da análise crítica do discurso, este artigo busca compreender na prática de agentes comunitários de saúde os discursos sobre a hanseníase/lepra, doença estigmatizada e envolta em saberes e práticas, tendo como premissa que esses profissionais incorporam representações preconcebidas ao trabalho. A pesquisa está estruturada de modo a familiarizar o leitor com os aspectos teóricos dessa análise e o percurso histórico dos profissionais na formação do discurso. Do corpus empírico emergiram as categorias: “comida reimosa: crenças e tabus alimentares”; “crenças e tabus relacionados ao álcool”; e “hanseníase, a doença que cai os pedaços”. Foi revelado que os agentes acreditam na existência de alimentos reimosos e na culpabilização do álcool para o prolongamento do tratamento e que ainda circula a concepção de que a doença faz cair pedaços do corpo da pessoa acometida. Os conhecimentos técnicos equivocados dos agentes podem estar relacionados à forma como se dá a educação permanente. 

Palavras-chave:

Hanseníase. Discurso. Agentes comunitários de saúde.

Biografia do Autor

Olga Maria de Alencar, Universidade Estadual do Ceará

Mestra em Saúde Pública pela Universidade Federal do Ceará. olgaalencar17@gmail.com. Doutoranda do Programa de Pós-graduação em Saúde Coletiva da Universidade Estadual do Ceará.

Thayza Miranda Pereira, Fiocruz

Doutora em Cuidados Clínicos em Enfermagem e Saúde pela Universidade Estadual do Ceará. Apoiadora da Hanseníase no estado da Bahia do Projeto Piloto de Apoiadores aos estados endêmicos para implementação da Estratégia Nacional para enfrentamento da Hanseníase 2019-2022 vinculado a Fiocruz.

Jorg Heukelbach, Universidade Federal do Ceará

Doutor em Farmacologia pela Universidade de Aachen (Alemanha) e Pós-Doutorados pela Universidade de James Cook (Austrália) e pela Universidade de Düsseldorf (Alemanha). Professor Colaborador da Universidade Federal do Ceará (Programa de Pós-Graduação em Saúde Pública. Fortaleza, Ceará, Brasil.

Jaqueline Caracas Barbosa, Universidade Federal do Ceará

Doutora em Saúde Pública pelo Departamento de Práticas em Saúde Pública da Faculdade de Saúde Pública, Universidade de São Paulo (2009). Pós-doutoramento na Universidade Complutense de Madri. pesquisadora responsável pelo projeto CAPP HANS vinculado a Netrherlands Hanseniasis Relief - NHR Brasil. Fiocruz. Brasil.

Ana Suelen Pedroza Cavalcante, Universidade Estadual do Ceará

Enfermeira. Especialista em Gestão Gestão e Auditoria de Serviços de Saúde. Mestra em Saúde da Família da Universidade Federal do Ceará (UFC). Doutoranda do Programa de Pós-graduação em Saúde Coletiva da Universidade Estadual do Ceará (UECE). Bolsista de Demanda Social do CNPq.

Maria Rocineide Ferreira da Silva, Universidade Estadual do Ceará

Doutorado em Saúde Coletiva pela Universidade Federal do Ceará. Docente do curso de graduação em Enfermagem da Universidade Estadual do Ceará (UECE). Docente do Programa de Pós-graduação em Saúde Coletiva da UECE. Fortaleza, Ceará, Brasil.

Como Citar

1.
Alencar OM de, Pereira TM, Heukelbach J, Barbosa JC, Cavalcante ASP, Silva MRF da. Hanseníase: crenças e tabus de agentes comunitários de saúde. Rev. bioét.(Impr.). [Internet]. 21º de setembro de 2021 [citado 21º de novembro de 2024];29(3). Disponível em: https://revistabioetica.cfm.org.br/revista_bioetica/article/view/2568