A prática da hipnose e a ética médica
Resumo
O presente trabalho analisa a prática da hipnose segundo uma correlação com os artigos que compõem o Código de Ética Médica (CEM). Há relatos de que no antigo Egito o sono hipnótico era usado para fins terapêuticos. Os gregos adotaram as técnicas dos egípcios e há inscrições mencionando vários resultados positivos de suas aplicações. Mas, após haver alcançado sua consagração com trabalhos de pesquisadores da Idade Média, a hipnose terapêutica sofreu rápida decadência. Posteriormente, surgiu a noção de que era perigosa, pois afirmações feitas por Pierre Janet estimularam a imaginação de escritores de romances policiais e histórias em quadrinhos, que passaram a falar de “dominação hipnótica”. Ao contrário do pensamento do grupo de Charcot, o processo hipnótico requer do hipnotizado a capacidade de concentração e de monodeísmo. Pela ampliação dos estudos de Erickson, a hipnose retornou à Medicina sob nova visão, reforçada por pesquisas científicas recentes. Nesta análise, selecionamos 22 dos 145 artigos que constituem o CEM, que mostram relação estreita com a prática da hipnose dentro do exercício da Medicina. Os comentários permitem uma reflexão sobre a extensão dos resultados da não-observância dos critérios éticos, já que a Hipniatria é uma atividade repleta de peculiaridades.Palavras-chave:
hipnose, ética médica
Como Citar
1.
Cortez CM, Oliveira CR. A prática da hipnose e a ética médica. Rev. bioét.(Impr.). [Internet]. 6º de outubro de 2009 [citado 24º de novembro de 2024];11(1). Disponível em: http://revistabioetica.cfm.org.br/revista_bioetica/article/view/150