Tecnologia e normas de gênero: contribuições para o debate da bioética feminista

Autores

  • Marilena C. D. V. Corrêa
  • Márcia Arán

Resumo

Este artigo de revisão tem como objetivo contribuir para o debate sobre a Bioética Feminista por meio de duas abordagens: primeiramente, busca situar a discussão teórica sobre a questão da tecnologia e o sistema sexo/gênero no campo dos estudos feministas. Em uma vertente dominante até os anos 1970, estes estudos enfatizam a análise dos dispositivos específicos de regulação (legais, institucionais, militares, educacionais, sociais, psicológicos e psiquiátricos) que dominam os corpos e constroem gêneros. Em outra vertente, posterior aos anos 1980, as tecnologias de gênero são compreendidas por meio de uma concepção produtiva
do poder, a partir da reiteração e da repetição de normas, particularmente, da matriz heterossexual (que constitui, a um só tempo, a dominação masculina e a exclusão da homossexualidade). A partir da apresentação e do cruzamento destas teorias, é abordado, em segundo lugar, o problema das normas de gênero e tecnologia em dois casos: o das novas tecnologias reprodutivas e o da regulamentação das transformações corporais na transexualidade.

Palavras-chave:

Bioética Feminista, Gênero, Transexualidade, Novas tecnologias reprodutivas, Medicalização, Bioética, Feminismo, Direitos Humanos e saúde

Biografia do Autor

Marilena C. D. V. Corrêa

Instituto de Medicina Social da Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro, Brasil

Márcia Arán

Instituto de Medicina Social da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Brasil

Publicado:

2009-07-06

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Como Citar

1.
Corrêa MCDV, Arán M. Tecnologia e normas de gênero: contribuições para o debate da bioética feminista. Rev. bioét.(Impr.). [Internet]. 6º de julho de 2009 [citado 21º de novembro de 2024];16(2). Disponível em: https://revistabioetica.cfm.org.br/revista_bioetica/article/view/67