Ética em cuidados paliativos: limites ao investimento curativo

Autores

  • Lucília Nunes

Resumo

Pensar os limites do investimento curativo requer perspectivas a partir da noção ética de limite, de desenvolvimento da biomedicina e das reflexões da bioética, assim como da natureza dos cuidados paliativos. As três perspectivas – a da ética, a da bioética e a dos cuidados paliativos – configuram territórios compartilhados. No eixo do compromisso de lutar pela vida sem maximizar as intervenções e humanizar os cuidados, destaque-se o respeito pela decisão do doente capaz e competente e a convicção de que existem limites aos cuidados, porque têm de fazer sentido para quem os presta e para aquele a quem são prestados. Os cuidados paliativos
podem assegurar uma assistência o mais completa possível à pessoa que se encontra na última etapa da vida, considerando a morte como um processo normal, que não podem nem devem retardar ou acelerar. O objetivo é prover a melhor qualidade de vida possível para o doente em fase terminal e sua família, até o momento da chegada da morte, de modo verdadeiramente humano, respeitando os limites advenientes da dignidade da pessoa.

Palavras-chave:

Cuidados paliativos, Dignidade, Ética, Bioética

Biografia do Autor

Lucília Nunes

Doutora em Filosofia, professora coordenadora da área disciplinar de Enfermagem da Escola Superior de Saúde, Instituto Politécnico de Setúbal.
Investigadora na Unidade de Investigação e Desenvolvimento em Enfermagem (UI&DE) de Lisboa e presidente do Conselho Jurisdicional da
Ordem dos Enfermeiros, Portugal

Publicado:

2009-07-03

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Como Citar

1.
Nunes L. Ética em cuidados paliativos: limites ao investimento curativo. Rev. bioét.(Impr.). [Internet]. 3º de julho de 2009 [citado 21º de dezembro de 2024];16(1). Disponível em: https://revistabioetica.cfm.org.br/revista_bioetica/article/view/54