Aspectos existenciais e bioéticos nos cuidados paliativos oncológicos

Autores

Resumo

O adoecimento grave lança o sujeito à facticidade da morte, que faz parte da experiência do viver. Realizaram-se 12 entrevistas com adultos em cuidados paliativos oncológicos, as quais foram analisadas sob a perspectiva fenomenológica, com descrição dos eixos de significado produzidos nas narrativas. Verificaram-se três dimensões do modo como as pessoas (re)organizam seus projetos de ser a partir do adoecimento e da finitude: espiritualidade/religiosidade; ser em família; relação com a morte. O significado atribuído às trajetórias existenciais e à relação estabelecida com projeto de ser são fundamentais para o paciente aderir ao tratamento e enfrentamento da morte. Além disso, ressignificar vida, doença e morte oferece alívio ao sofrimento e auxilia o paciente a dar sentido ao tempo que ainda lhe resta. Tais questões são importantes para refletir sobre a dimensão bioética nos cuidados paliativos e auxiliam no planejamento desta modalidade de atenção. 

Palavras-chave:

Atitude frente a morte. Cuidados paliativos. Existencialismo.

Biografia do Autor

Fabíola Langaro, Universidade do Sul de Santa Catarina

Doutora em Psicologia pela Universidade Federal e Santa Catarina (2019), Mestre em Psicologia pela Universidade Federal de Santa Catarina (2011), Especialista em Psicologia da Saúde e Hospitalar pelas Faculdades Pequeno Príncipe (2014), Especialista em Psicologia Hospitalar e em Psicologia Clínica pelo Conselho Regional de Psicologia e Especialista em Psicologia Existencialista Sartreana pela Unisul (2016), Psicóloga pela Universidade do Vale do Itajaí (2008). Atualmente é docente do curso de Psicologia da Universidade do Sul de Santa Catarina (Unisul) e Membro do Grupo de Pesquisa do CNPQ "Clínica da Atenção Psicossocial e Uso de Álcool e outras Drogas".

    

Daniela Ribeiro Schneider, Universidade Federal de Santa Catarina

Profª. Titular do Depto de Psicologia da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), orientadora no Programa de Pós-Graduação em Psicologia (mestrado e doutorado) e Mestrado profissionalizante em Saúde Mental e Atenção Psicossocial. Tem graduação em Psicologia (UFSC, 1987), Mestrado em Educação (UFSC, 1993), Doutorado em Psicologia (PUC/SP, 2002), Pós-Doutorado em Ciência da Prevenção (Universidad de Valencia - España, 2012 e University of Miami - USA, 2019). Atividades de Pesquisa e Extensão estão na ênfase de Tratamento e Prevenção Psicológica, voltando-se para estudos dos problemas relacionados ao uso de álcool e outras drogas, desenvolvimento e avaliação de estratégias, programas e sistemas de prevenção e promoção da saúde. Estudos sobre a Clínica e a Rede de Atenção Psicossocial. É especialista na obra do filósofo Jean-Paul Sartre, com vários estudos sobre psicologia e clínica existencialista. Coordenadora do Grupo de Pesquisa do CNPQ "Clínica da Atenção Psicossocial e Uso de Álcool e Outras Drogas". Coordenadora do PSICLIN/UFSC. Coordenadora do GT Drogas e Sociedade da ANPPEP. É do conselho consultivo e fiscal da Associação Brasileira de Pesquisa em Prevenção e Promoção de Saúde (BRAPEP) e . Bolsista produtividade em pesquisa 2 pelo CNPQ. É coordenadora do Ponto de Cultura da Associação Cultural Baiacu de Alguém, que desenvolve projetos socioculturais e de promoção de saúde em Florianópolis. 

Como Citar

1.
Langaro F, Schneider DR. Aspectos existenciais e bioéticos nos cuidados paliativos oncológicos. Rev. bioét.(Impr.). [Internet]. 3º de janeiro de 2023 [citado 21º de dezembro de 2024];30(4). Disponível em: https://revistabioetica.cfm.org.br/revista_bioetica/article/view/2953