Saúde LGBTQIA+ à luz da bioética principialista

Autores

Resumo

Objetivou-se analisar as experiências de lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais frente à assistência nos serviços de saúde à luz da corrente teórica do principialismo bioético. Pesquisa transversal, de abordagem qualitativa, realizada em 2018 com 26 integrantes LGBT no município de Iguatu, Ceará, Brasil, que se submeteram à entrevistas semiestruturadas. Os resultados apontaram para a existência de severas violações aos princípios éticos básicos da corrente principialista, envolvendo violência institucional de cunho psicológico, situações de ataque à dignidade, recusa à doação de sangue, não aceitação do uso do nome social das travestis, falta de acolhimento e humanização, dentre outros. A persistência e a gravidade das situações de preconceito e discriminação relatadas fornecem indicações de que, apesar dos avanços e da existência de uma política de saúde específica para esse grupo, as medidas de combate ao preconceito institucional, até então implementadas, tem se mostrado insuficientes, incorrendo-se em infrações bioéticas.

Palavras-chave:

Bioética. Preconceito. Serviço de Saúde. Homofobia.

Biografia do Autor

Jeanderson Soares Parente, Universidade Federal da Paraíba

Enfermeiro especialista em Formação de Professores para o Ensino Superior e Educação Continuada pela Faculdade de Juazeiro do Norte. Mestrando do Programa de Pós-graduação em Neurociência Cognitiva e Comportamento e integrante do Laboratório de Estudos em Memória e Cognição pela Universidade Federal da Paraíba. João Pessoa, Paraíba, Brasil

Caik Ferreira Silva, Universidade Regional do Cariri

Enfermeiro graduado pela Universidade Regional do Cariri (URCA). Mestrando do Programa de Pós-graduação em Enfermagem da Universidade Regional do Cariri e integrante do Grupo de Pesquisa em Sexualidade, Gênero, Diversidade Sexual e Inclusão. Crato, Ceará, Brasil

Beatriz de Castro Magalhães, Universidade Regional do Cariri

Enfermeira pela Universidade Regional do Cariri. Mestranda do Programa de Pós-graduação em Enfermagem da Universidade Regional do Cariri e integrante do Grupo de Pesquisa em Sexualidade, Gênero, Diversidade Sexual e Inclusão. Crato, Ceará, Brasil.

Mauro McCarthy de Oliveira Silva, Universidade Regional do Cariri

Enfermeiro pelo Centro Universitário Unileão. Mestrando do Programa de Pós-graduação em Enfermagem da Universidade Regional do Cariri e integrante do Grupo de Pesquisa em Sexualidade, Gênero, Diversidade Sexual e Inclusão. Crato, Ceará, Brasil.

Grayce Alencar Albuquerque, Universidade Regional do Cariri - URCA

Doutora em Ciências da Saúde (Área de Concentração em Saúde Coletiva) pela Faculdade de Medicina do ABC. Professora Permanente do Programa de Pós-graduação em Enfermagem da Universidade Regional do Cariri. Professora Adjunta do Curso de Enfermagem da Universidade Regional do Cariri. Coordenadora do Observatório da Violência e Direitos Humanos do Cariri. Líder do Grupo de Pesquisa Sexualidade, Gênero, Diversidade Sexual e Inclusão.

Como Citar

1.
Parente JS, Silva CF, Magalhães B de C, Silva MM de O, Albuquerque GA. Saúde LGBTQIA+ à luz da bioética principialista. Rev. bioét.(Impr.). [Internet]. 21º de setembro de 2021 [citado 5º de dezembro de 2024];29(3). Disponível em: https://revistabioetica.cfm.org.br/revista_bioetica/article/view/2547