Potência spinoziana: resistência ao controle sobre o modo de morrer

Autores

  • Fernanda Rangel Ramos Universidade Federal do Rio de Janeiro
  • Tulio Batista Franco UFF, Niterói/RJ, Brasil

Resumo

Este ensaio discute a tomada de decisão no fim da vida considerando o pensamento de Foucault e Spinoza. São tomados como referência dois pressupostos. O primeiro é o reconhecimento de tecnologia de gestão da vida que busca exercer poder sobre os corpos (biopoder) por meio de sistema disciplinar que prescreve modos de viver (biopolítica). O segundo pressuposto considera o conceito de corpo e a teoria dos afetos de Spinoza. Pôde-se concluir que, apesar dos obstáculos à tomada de decisão autônoma por parte dos pacientes, os indivíduos têm potência absoluta que lhes dá protagonismo. Seus pequenos gestos, no entanto, muitas vezes são invisíveis ao olhar dos profissionais de saúde. 

Palavras-chave:

Bioética. Tomada de decisões. Assistência terminal. Autonomia pessoal.

Biografia do Autor

Fernanda Rangel Ramos, Universidade Federal do Rio de Janeiro

Fernanda Rangel Ramos

Fisioterapeuta formada pela UFRJ em 2001

Residência em Fisioterapoia em Terapia Intensica pelo Hospital Universitário Pedro Ernesto - UERj 2003-2005

Mestre em Ciências pela UFRJ

Doutorando em Bioética pelo PPGBIOS

Fisioterapeuta do Hospital Universitário Clementino Fraga Filho/UFRJ e do Hospital Federal de Bonsucesso/MS

Como Citar

1.
Ramos FR, Batista Franco T. Potência spinoziana: resistência ao controle sobre o modo de morrer. Rev. bioét.(Impr.). [Internet]. 21º de setembro de 2020 [citado 21º de novembro de 2024];28(3). Disponível em: https://revistabioetica.cfm.org.br/revista_bioetica/article/view/2458