O papel da bioética nas comissões de ética animal

Autores

Resumo

As diretrizes para usar animais como modelos experimentais transpuseram o campo bioético e chegaram ao âmbito jurídico. Se por um lado isso favoreceu a normatização de parâmetros físicos e biológicos voltados ao bem-estar animal, por outro, acrescentou demandas burocráticas que ocuparam a reflexão anteriormente destinada à resolução de conflitos éticos. Este estudo quantitativo objetivou analisar a opinião de membros, coordenadores e colaboradores brasileiros das comissões de ética no uso de animais sobre o funcionamento desses dispositivos legais. Os 114 participantes demonstraram aderir à legislação; contudo, apontaram aumento de conflitos potencialmente solucionáveis na esfera bioética. Embora importante para o bom funcionamento das comissões, a bioética foi definida como deficitária, precisando retomar seu papel norteador nas deliberações. Essa conclusão indica a necessidade de incorporar membros com formação em bioética, além de investir na capacitação frequente do colegiado e dos pesquisadores envolvidos em experimentação animal.

 

Palavras-chave:

Comissão de ética. Experimentação animal. Deliberações.

Biografia do Autor

Lilian Gauto Quintana Jankoski, Pontificia Universidade Católica do Paraná

secretaria executiva pela pucpr, Mestre Programa de Pós Graduação em Bioética PUCPR, secretária CEUA PUCPR

Marta Luciane Fischer, Pontifícia Universidade Católica do Paraná

Bacharel e Licenciada em Biologia/PUCPR, Licenciada em Arte Educação/FAP, Mestre e Doutora em Zoologia, Pós-doutora em ?Ecologia Química. Docente dos Cursos de Biologia, Psciologia e Pós-Graduação em Bioética/PUCPR. Ex editora chefe da Revista Estudos de Biologia. Ex Coordenadora CEUA/PUCPR. Lider do Grupo de Pesquisa Bioética Ambiental.

Como Citar

1.
Jankoski LGQ, Fischer ML. O papel da bioética nas comissões de ética animal. Rev. bioét.(Impr.). [Internet]. 20º de setembro de 2019 [citado 21º de novembro de 2024];27(3). Disponível em: https://revistabioetica.cfm.org.br/revista_bioetica/article/view/1918