Diálise e direito de morrer

Autores

  • Rodrigo Alexandre da Cunha Rodrigues Universidade Federal do Pará
  • Érica Quinaglia Silva Universidade de Brasília

Resumo

A doença renal crônica atinge níveis epidêmicos em praticamente todos os países. No Brasil, mais de 30 mil pessoas por ano precisam de tratamento dialítico, sendo mais comum a hemodiálise. Se, por um lado, a falta de vagas para diálise é o principal problema, por outro, têm crescido os casos de recusa e abandono do tratamento. Este artigo trata justamente dessa questão, a partir de temas como sentidos da vida e da morte, autonomia e terminalidade. Foram identificadas algumas estratégias que podem diminuir ou mesmo evitar a recusa e o abandono do tratamento, como diagnóstico precoce, acompanhamento nefrológico prévio, abordagem multidisciplinar e humanização dos serviços de diálise. Caso a decisão do paciente seja irreversível, o termo de consentimento livre e esclarecido é fundamental. Além disso, a expansão dos comitês de bioética é importante para proteger os profissionais de saúde e os interesses dos pacientes.

 

Palavras-chave:

Diálise. Direito a morrer. Autonomia pessoal.

Biografia do Autor

Rodrigo Alexandre da Cunha Rodrigues, Universidade Federal do Pará

Médico nefrologista, Mestrando do Programa
de Pós-graduação em Saúde, Ambiente e Sociedade na Amazônia
(PPG-SAS) pela Universidade Federal do Pará (UFPA)

Érica Quinaglia Silva, Universidade de Brasília

Professora da
Universidade de Brasília e Doutora em Antropologia, Sociologia e
Demografia pela Université Paris Descartes (Sorbonne) e
Universidade Federal de Santa Catarina, com pós-doutorado em
Bioética, Ética Aplicada e Saúde Coletiva pela Universidade Federal
do Rio de Janeiro, Fundação Oswaldo Cruz, Universidade do Estado
do Rio de Janeiro e Universidade Federal Fluminense.

Como Citar

1.
Rodrigues RA da C, Silva Érica Q. Diálise e direito de morrer. Rev. bioét.(Impr.). [Internet]. 20º de setembro de 2019 [citado 5º de dezembro de 2024];27(3). Disponível em: https://revistabioetica.cfm.org.br/revista_bioetica/article/view/1762