Limitação terapêutica para crianças portadoras de malformações cerebrais graves

Autores

  • Dario Palhares Universidade de Brasília
  • Íris Almeida dos Santos
  • Antônio Carlos Rodrigues da Cunha

Resumo

As malformações cerebrais congênitas podem se apresentar de forma leve ou grave, podendo ser letais mesmo poucas horas após o nascimento. A partir de levantamento bibliográfico sistemático, verificou-se que, embora em tese sejam eticamente semelhantes suspender e renunciar a tratamento, tal equivalência não é percebida na prática por médicos e enfermeiros assistentes, nem pela população em geral, que tende a aceitar mais confortavelmente a renúncia que a suspensão de tratamentos. O diálogo com os pais é o procedimento
que legitima a iniciativa médica de propor limitação terapêutica. Em conclusão, as malformações cerebrais graves resultam em contexto de terminalidade de vida, em que limitação ao suporte respiratório é o principal conflito enfrentado e ao qual se aplicam princípios bioéticos dos cuidados paliativos.

Palavras-chave:

Hidrocefalia. Microcefalia. Futilidade médica. Corpo caloso. Cromossomos-Patologia.

Biografia do Autor

Dario Palhares, Universidade de Brasília

Médico Pediatra do Hospital Universitário de Brasília, desde 2003. Professor no Curso de Medicina da Faciplac - DF.

Como Citar

1.
Palhares D, Santos Íris A dos, Cunha ACR da. Limitação terapêutica para crianças portadoras de malformações cerebrais graves. Rev. bioét.(Impr.). [Internet]. 25º de novembro de 2016 [citado 21º de dezembro de 2024];24(3). Disponível em: https://revistabioetica.cfm.org.br/revista_bioetica/article/view/1258