Vida e morte na UTI: a ética no fio da navalha

Autores

  • Leo Pessini

Resumo

Este artigo busca abordar algumas questões éticas vivenciadas nas fronteiras de vida e morte, nas unidades de terapia intensiva (UTI). Esses são locais especiais no âmbito hospitalar onde é obrigatória a presença de tecnologia médica de última geração, para preservar e sustentar a vida de pacientes em estado grave ou em risco. É nesse contexto complexo que emergem difíceis questões éticas: ausência critérios objetivos para internações em UTI; superlotação das UTI, com pacientes sem indicação; até as dificuldades de limitar a terapêutica, que se transforma em práticas distanásicas. Analisamos um caso de suicídio assistido, da jovem estadunidense Brittany Maynard, bem como a necessidade de cuidados paliativos, o dever ético de cuidar da dor e sofrimento humanos, a valorização do paradigma do cuidar para além do curar e a polêmica questão da ortotanásia, em busca de um final de vida sem dor ou sofrimento, mas em paz e com dignidade.

Palavras-chave:

Cuidados paliativos-Manejo da dor. Eutanásia-Cuidados paliativos na terminalidade da vida. Futilidade médica. Bioética-Unidades de terapia intensiva.

Como Citar

1.
Pessini L. Vida e morte na UTI: a ética no fio da navalha. Rev. bioét.(Impr.). [Internet]. 29º de março de 2016 [citado 15º de outubro de 2024];24(1). Disponível em: https://revistabioetica.cfm.org.br/revista_bioetica/article/view/1190