Diagramática: a arte de bem pensar para pensar o bem

Autores

  • Enídio Ilário Departamento de Saúde Coletiva da Faculdade de Ciências Médicas da UNICAMP. Centro de Lógica, Epistemologia e História da Ciência (CLE-UNICAMP).

Resumo

 

 

Modelos são abstrações que implicam certo grau de simplificação frente à complexidade dos fenômenos que se quer explicar. No campo da bioética, se destaca o modelo principialista padrão de Beauchamp e Childress, baseado numa matriz formada por quatro princípios: beneficência, não maleficência, autonomia e justiça. O modelo principialista é heurístico, possibilitando que diante de conflitos entre princípios prevaleça aquele mais adequado à situação concreta. Neste trabalho procuramos, a partir da utilização do diagrama lógico como recurso explicativo, aprofundar a fundamentação teórico-conceitual da bioética. Relações lógicas são subjacentes a todo pensamento, e os diagramas mostram tais relações em estruturas espaciais. A topologia dos conceitos, ao desvelar relações lógicas presentes nas estruturas dos modelos, permite uma melhor compreensão de um campo integrado de princípios implicados no raciocínio moral. A elaboração diagramática permite observar que diante de situações-problema não há incompatibilidade entre as concepções principialista e personalista; pelo contrário, há complementaridade e sinergia.

 

Palavras-chave:

Bioética. Lógica. Diagrama. Modelagem, Princípios.

Biografia do Autor

Enídio Ilário, Departamento de Saúde Coletiva da Faculdade de Ciências Médicas da UNICAMP. Centro de Lógica, Epistemologia e História da Ciência (CLE-UNICAMP).

Médico, Mestre em Filosofia e Doutor em Psicologia (PUCCAMP), Professor do Departamento de Saúde Coletiva da FCM-UNICAMP, Pesquisador do Centro de Lógica, Epistemologia e História da Ciência (CLE-UNICAMP).

Como Citar

1.
Ilário E. Diagramática: a arte de bem pensar para pensar o bem. Rev. bioét.(Impr.). [Internet]. 22º de junho de 2018 [citado 7º de novembro de 2024];26(2). Disponível em: https://revistabioetica.cfm.org.br/revista_bioetica/article/view/1136