Princípio de precaução e nanotecnociências

Resumo

O rápido desenvolvimento das nanotecnociências e a crença de que representam ameaças à sobrevivência no planeta têm levado grupos da sociedade civil organizada a pedir moratória para as pesquisas nanotecnocientíficas, baseando-se no princípio de precaução. Constata-se que esse princípio suscita debates em torno do conceito, da sua forma de aplicação e de suas implicações bioéticas. Alguns termos como “risco”, “perigo”, “dano”, “incerteza”, “ignorância”, “prevenção” e “precaução” são tomados como sinônimos, o que pode levar a decisões políticas por vezes “exageradas”. Aplicado quase sempre como medida de tutela do meio ambiente, o princípio de precaução tem se tornado importante instrumento regulatório das tecnociências, por se acreditar que, junto com os potenciais benefícios, trazem ameaças à vida e ao planeta. As tecnociências não são entes autônomos, mas, sim, pensados, criados e manejados pelo ser humano. Portanto, não há que atribuir um risco inerente a todo e qualquer produto tecnocientífico.

Palavras-chave:

Bioética. Precaução. Nanotecnologia. Gestão de riscos.

Como Citar

1.
Princípio de precaução e nanotecnociências. Rev. bioét.(Impr.). [Internet]. 23º de julho de 2015 [citado 21º de dezembro de 2024];23(2). Disponível em: https://revistabioetica.cfm.org.br/revista_bioetica/article/view/1033