Da bioética de princípios a uma bioética interventiva
Resumo
A bioética, de origem estadunidense, tornou-se mundialmente conhecida por estar ancorada em quatro princípios básicos pretensamente universais e reconhecida como bioética principialista. A partir dos anos 90, começaram a surgir críticas à universalidade dos princípios e às suas limitações frente aos macroproblemas coletivos, principalmente sanitários e ambientais, especialmente verificados nos países periféricos do Hemisfério Sul. Nesse sentido, surge na América Latina, nos últimos anos, uma nova proposta epistemológica – a bioética de intervenção – de base filosófica utilitarista e conseqüencialista, tentando suprir essa lacuna. A partir de uma análise histórica do processo de consolidação do principialismo e da importação acrítica de teorias éticas forâneas, o presente artigo procura mostrar a necessidade de construção de bases conceituais diferenciadas para a bioética no sentido do adequado enfrentamento dos problemas persistentes rotineiramente detectados nas nações em desenvolvimento.Palavras-chave:
bioética principialista, contextualização, alternativa crítica, justiça, direitos humanos, questões coletivas, bioética de intervenção
Como Citar
1.
Garrafa V. Da bioética de princípios a uma bioética interventiva. Rev. bioét.(Impr.). [Internet]. 14º de setembro de 2009 [citado 22º de dezembro de 2024];13(1). Disponível em: https://revistabioetica.cfm.org.br/revista_bioetica/article/view/97