O placebo e a Declaração de Pachuca: letras mortas?

Resumo

A Confederação Médica Latino-Americana e do Caribe, organização que congrega as entidades congêneres dos países da região, atua em defesa da profissão médica e da saúde da população, guiando-se por documentos internacionais. Em sua Assembleia Geral (Pachuca, México; 2013) foi aprovada a Declaração de Pachuca, com severas críticas à revisão da Declaração de Helsinki ocorrida no Brasil e aos ensaios clínicos que usam placebo em doenças com tratamento definido. O tom duro e enérgico dessa Declaração propõe que entidades-membro denunciem os abusos éticos em todos os foros e aos governantes, e que atuem impedindo o uso do placebo nessas condições. Tais recomendações encontram respaldo no movimento mundial sobre integridade e ética na pesquisa. Conclui-se pela importância do papel educativo dos órgãos de fiscalização ética da medicina, alertando-se os médicos que infringirem essa orientação, a qual também integra o Código de Ética Médica, de que estarão sujeitos a processo ético-profissional.

Palavras-chave:

Placebo, Declaração de Helsinki, Medicina, Pesquisa biomédica, Legislação médica, Integridade em pesquisa

Como Citar

1.
O placebo e a Declaração de Pachuca: letras mortas?. Rev. bioét.(Impr.). [Internet]. 1º de dezembro de 2014 [citado 19º de abril de 2024];22(3). Disponível em: https://revistabioetica.cfm.org.br/revista_bioetica/article/view/953