Crianças e adolescentes indígenas em perspectiva antropológica: repensando conflitos éticos interculturais

Resumo

Este artigo apresenta abordagens antropológicas à realidade cultural de crianças e adolescentes indígenas e seus direitos culturais diferenciados no Brasil, voltando-se às recentes tentativas de regulamentação. Objetiva explicitar a perspectiva antropológica sobre as representações diferenciadas que os povos indígenas possuem acerca das crianças e adolescentes e os problemas sociais enfrentados por estas, de modo a problematizar os conflitos éticos interculturais e as tentativas de normatização dos mesmos em projetos de lei. Também enfatiza como temas relacionados ao trabalho infantil, à pobreza e ao infanticídio entre populações indígenas sofrem distorções ao serem objetivados pela moralidade não indígena universalista e cristianizada. Aponta, por fim, como nos âmbitos antropológico e da bioética surgem iniciativas de intervenção sobre práticas consideradas moralmente recrimináveis, mas que têm sido aceitas pelas populações indígenas.

Palavras-chave:

Direitos humanos. Juventude. Saúde dos povos indígenas. Bioética.

Como Citar

1.
Crianças e adolescentes indígenas em perspectiva antropológica: repensando conflitos éticos interculturais. Rev. bioét.(Impr.). [Internet]. 24º de maio de 2012 [citado 26º de abril de 2024];20(1). Disponível em: https://revistabioetica.cfm.org.br/revista_bioetica/article/view/719