Crianças e adolescentes indígenas em perspectiva antropológica: repensando conflitos éticos interculturais


Resumo


Este artigo apresenta abordagens antropológicas à realidade cultural de crianças e adolescentes indígenas e seus direitos culturais diferenciados no Brasil, voltando-se às recentes tentativas de regulamentação. Objetiva explicitar a perspectiva antropológica sobre as representações diferenciadas que os povos indígenas possuem acerca das crianças e adolescentes e os problemas sociais enfrentados por estas, de modo a problematizar os conflitos éticos interculturais e as tentativas de normatização dos mesmos em projetos de lei. Também enfatiza como temas relacionados ao trabalho infantil, à pobreza e ao infanticídio entre populações indígenas sofrem distorções ao serem objetivados pela moralidade não indígena universalista e cristianizada. Aponta, por fim, como nos âmbitos antropológico e da bioética surgem iniciativas de intervenção sobre práticas consideradas moralmente recrimináveis, mas que têm sido aceitas pelas populações indígenas.


Palavras-chave


Direitos humanos. Juventude. Saúde dos povos indígenas. Bioética.

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