Complexidade e transdisciplinaridade no currículo médico comprometido com bioéticas latino-americanas

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Resumo

Este ensaio discute, à luz da bioética, a transformação do currículo médico no Brasil de um modelo multidisciplinar para um modelo inter ou transdisciplinar. Em revisão narrativa, discute a teoria da complexidade e a transdisciplinaridade e realiza analogia entre a forma como bioéticas latino-americanas usufruem desta teoria para a compreensão da realidade, formulando bases conceituais do currículo médico que supere a fragmentação na formação. Para as bioéticas do sul, o pensamento complexo e a transdisciplinaridade são fundamentais para compreensão de uma realidade não reducionista, aberta à construção de conhecimentos que não se isolem na explicação biomédica do mundo. De maneira semelhante, para a formação de médicos com visão de saúde ampliada, que valorizem os determinantes sociais e subjetivos do processo de saúde doença, o currículo deve proporcionar a religação dos saberes. A introdução do pensamento complexo no currículo médico pode estimular o ensino não reducionista.

Palavras-chave:

Bioética. Educação médica. Currículo. Práticas interdisciplinares.

Biografia do Autor

Viviane Xavier de Lima e Silva, Universidade Federal de Pernambuco

Docente da Universidade Federal de Pernambuco, Campus Agreste, Núcleo de Ciências da Vida, Curso de Medicina

Mestra em Saúde Coletiva, Doutoranda em Bioética

Vinícius Batista Vieira, Universidade Federal de Pernambuco

Docente da Universidade Federal de Pernambuco, Campus Agreste, Núcleo de Ciências da Vida, Curso de Medicina

Mestre em Atenção Psicossocial, Doutorando em Bioética

Saulo Ferreira Feitosa, Universidade Federal de Pernambuco

Docente da Universidade Federal de Pernambuco, Campus Agreste, Núcleo de Ciências da Vida, Curso de Medicina

Doutor em Bioética

Como Citar

1.
Silva VX de L e, Vieira VB, Feitosa SF. Complexidade e transdisciplinaridade no currículo médico comprometido com bioéticas latino-americanas. Rev. bioét.(Impr.). [Internet]. 18º de outubro de 2022 [citado 19º de abril de 2024];30(3). Disponível em: https://revistabioetica.cfm.org.br/revista_bioetica/article/view/3069