Ética do uso de escores prognósticos em unidade de terapia intensiva: revisão integrativa

Autores

Resumo

O enfrentamento da covid-19 suscitou uma série de problemas na área da saúde, em razão do aumento da demanda de cuidados intensivos. Para solucionar a crise causada pela escassez de recursos de alta complexidade, a tomada de decisão tem se norteado por escores prognósticos, porém esse processo inclui uma dimensão moral, ainda que esta seja menos evidente. Mediante revisão integrativa, este artigo buscou refletir sobre a razoabilidade da utilização de indicadores de gravidade para definir a alocação de recursos escassos na saúde. Observou-se que o trabalho realizado em situações de escassez de recursos provoca sobrecarga moral, convergindo para busca por soluções padronizadas e objetivas, como a utilização de escores prognósticos. Conclui-se que seu uso isolado e indiscriminado não é eticamente aceitável e merece avaliação cautelosa, mesmo em situações emergenciais, como a da covid-19.

Palavras-chave:

Covid-19. Ética. Escores de disfunção orgânica. Apache. Incerteza. Bioética. Alocação de recursos para a atenção à saúde.

Biografia do Autor

Roberta Nascimento de Oliveira Lemos dos Santos, Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca - Fiocruz

Roberta Lemos dos Santos –  Doutora em Bioética, Ética Aplicada e Saúde Coletiva na Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca ENSP/Fiocruz. Pós doutorado em curso pelo programa de Pós graduação em Bioética, Ética Aplicada e Saúde Coletiva.

Luciana Stoimenoff Brito, Anis – Instituto de Bioética

Doutora em Ciências da Saúde, Pesquisadora da Anis – Instituto de Bioética, pós-doutorado em curso no Programa de Pós-graduação em Bioética, ética aplicada e saúde coletiva da UFRJ, Fiocruz, UFF e UERJ.  Brasília, DF, Brasil

Sergio Tavares de Almeida Rego, Escola Nacional de Saúde Pública - ENSP/Fiocruz

Doutor em Saúde Coletiva, Pesquisador titular na Fiocruz, professor permanente no Programa de Pós-graduação em Bioética, ética aplicada e saúde coletiva da UFRJ, Fiocruz, UFF e UERJ. ORCID: , Rio de Janeiro, RJ, Brasil.

Como Citar

1.
Lemos dos Santos RN de O, Brito LS, Rego ST de A. Ética do uso de escores prognósticos em unidade de terapia intensiva: revisão integrativa. Rev. bioét.(Impr.). [Internet]. 6º de julho de 2022 [citado 28º de março de 2024];30(2). Disponível em: https://revistabioetica.cfm.org.br/revista_bioetica/article/view/2906