Os profissionais de saúde diante da morte e do morrer

Autores

  • Rachel Duarte Moritz

Resumo

A cultura ocidental moderna torna a morte um assunto socialmente evitado e politicamente incorreto. A palavra morte freqüentemente associa-se ao sentimento de dor. No tocante aos médicos, formados para salvar e curar, associa-se à sensação de fracasso ou erro. Embora a maioria dos óbitos no século XXI ocorra nos hospitais, os médicos são pouco treinados para cuidar do paciente vítima de doença terminal. Torna-se então necessário que o tema morte e morrer passe a ser debatido no lar, escolas e universidades. Aprender a aceitar e conviver com a morte e o morrer é essencial para a formação dos profissionais de saúde. É importante que o médico, responsável pelas decisões quanto ao tratamento do doente, reconheça a terminalidade do mesmo e saiba mudar a conduta, passando da luta contra a morte para a provisão do conforto. Para que isso ocorra, faz-se essencial que sejam fomentados o ensino sobre a morte e o morrer na formação acadêmica e o debate constante
do tema durante a atuação profissional. Para diminuir a angústia dos médicos quanto à tomada de decisão, é importante que sejam normatizadas, tanto do ponto de vista ético quanto legal, as condutas pertinentes para o paciente vítima de doença terminal.

Palavras-chave:

morte, morrer, profissionais de saúde, doença terminal

Biografia do Autor

Rachel Duarte Moritz

Professora do Departamento de Clínica Médica da Universidade Federal de Santa Catarina, mestre em Ciências Médicas e doutora em Engenharia de Produção

Publicado:

2009-09-15

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Como Citar

1.
Moritz RD. Os profissionais de saúde diante da morte e do morrer. Rev. bioét.(Impr.). [Internet]. 15º de setembro de 2009 [citado 19º de abril de 2024];13(2). Disponível em: https://revistabioetica.cfm.org.br/revista_bioetica/article/view/107