Ideário da morte no Ocidente: a bioética em uma perspectiva antropológica crítica

Autores

  • Érica Quinaglia Silva Universidade de Brasília

Resumo

Resumo


A morte é simbólica, histórica e socialmente construída. Mais do que um processo biológico, é uma elaboração cultural, e discuti-la significa, portanto, entender suas representações e práticas. Embora seja atualmente entendida
de forma negativa, nem sempre foi tida como tabu. Este artigo busca desvelar de que modo foi estabelecida a oposição entre a vida e a morte em proveito da vida como positividade e as consequências do banimento da ideia de
finitude em prol de um mito de imortalidade. A partir de uma revisão da literatura sobre as concepções da morte no Ocidente, especificamente no Brasil, esta discussão propõe repensar a bioética como campo disciplinar que deve
abarcar, para além de modelos dogmáticos e autoritários, valores morais plurais. Esta reflexão permite encarar a morte como constituinte da vida e, assim, arrostar a impossibilidade do nada, fim inexorável, como possibilidade infinda, em suas diversas acepções e seus diferentes sentidos.

Palavras-chave: Morte. Vida. Ocidente. Bioética.

Palavras-chave:

Morte. Vida. Ocidente.

Biografia do Autor

Érica Quinaglia Silva, Universidade de Brasília

É professora adjunta III da Universidade de Brasília e pesquisadora da Anis (Instituto de Bioética, Direitos Humanos e Gênero) e do Instituto Nacional de Pesquisa Brasil Plural. É doutora em Sociologia, Demografia e Antropologia Social pela Université Paris Descartes (Sorbonne) e pela Universidade Federal de Santa Catarina (2011), com pós-doutorado em Bioética, Ética Aplicada e Saúde Coletiva pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, Fundação Oswaldo Cruz, Universidade do Estado do Rio de Janeiro e Universidade Federal Fluminense (2012). Possui mestrado em Antropologia Social pela Universidade Federal de Santa Catarina (2008) e graduação em Antropologia (bacharelado) e Ciências Sociais (licenciatura) pela Universidade de Brasília (2005). Atua nas seguintes áreas: Sociologia urbana, Antropologia da saúde, bioética, ética aplicada, saúde coletiva, saúde mental, religiosidades brasileiras, Antropologia da morte, noções de pessoa e subjetividade, Antropologia audiovisual e direitos humanos.

Como Citar

1.
Quinaglia Silva Érica. Ideário da morte no Ocidente: a bioética em uma perspectiva antropológica crítica. Rev. bioét.(Impr.). [Internet]. 21º de março de 2019 [citado 2º de dezembro de 2024];27(1). Disponível em: http://revistabioetica.cfm.org.br/revista_bioetica/article/view/1551