Dilemas éticos no tratamento do paciente pediátrico terminal

Autores

  • Clóvis Francisco Constantino Conselho Federal de Medicina
  • Mário Roberto Hirschheimer

Resumo

Na abordagem do paciente crítico faz-se necessário adotar procedimentos de preservação da vida ou paliativos. Gastos inúteis e fúteis devem ser evitados. O princípio da autonomia envolvendo crianças pode gerar conflitos com os seus pais no tocante à obtenção do consentimento esclarecido. Deixar um paciente terminal morrer pode ser ação de interesse do próprio paciente. Devem-se buscar consensos baseados nas melhores evidências disponíveis. Para ele, o princípio do alívio do sofrimento prepondera. A ressuscitação cardiopulmonar no paciente terminal pode ser fútil e cruel. Oferecer uma morte digna é conduta a considerar. Toda a equipe de saúde e a família do paciente deve participar da decisão quanto às condutas restritivas. É fundamental identificar as expectativas da família em relação ao tratamento, assim como considerar seus princípios culturais, morais e religiosos. Para melhorar o entendimento deste assunto, a Sociedade de Pediatria de São Paulo, após ampla discussão, divulgou recomendações a respeito da decisão de não reanimar.

Palavras-chave:

alívio do sofrimento, condutas restritivas, consentimento esclarecido, crianças e adolescentes, decisão de não reanimar, morte digna, paciente terminal, procedimentos paliativos, ressuscitação cardiopulmonar

Biografia do Autor

Clóvis Francisco Constantino, Conselho Federal de Medicina

pediatra, diretor do Conselho Federal de Medicina (2004/2009), presidente do Departamento de Bioética da Sociedade Brasileira de Pediatria, presidente da Sociedade de Pediatria de São Paulo (1998-2000), presidente do Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (2003-2004), consultor de Bioética e membro do Centro de Estudos do Conjunto Hospitalar do Mandaqui/SP.

Mário Roberto Hirschheimer

Supervisor médico do Hospital Municipal Infantil Menino Jesus, da Prefeitura da Cidade de São Paulo, médico responsável pela UTI do Pronto-Socorro Infantil Sabará e pelo Pronto Atendimento Pediátrico do Hospital São Cristóvão da Cidade de São Paulo, membro dos Departamentos de Bioética e Cuidados Intensivos da
Sociedade de Pediatria de São Paulo e membro do Departamento de Bioética da Sociedade Brasileira de Pediatria

Publicado:

2009-09-15

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Como Citar

1.
Constantino CF, Hirschheimer MR. Dilemas éticos no tratamento do paciente pediátrico terminal. Rev. bioét.(Impr.). [Internet]. 15º de setembro de 2009 [citado 16º de novembro de 2024];13(2). Disponível em: http://revistabioetica.cfm.org.br/revista_bioetica/article/view/110