Bioética da Proteção: ferramenta válida para enfrentar problemas morais na era da globalização

Autores

  • Fermin Roland Schramm

Resumo

A Bioética da Proteção é um subconjunto da bioética, constituída por ferramentas teóricas e práticas que visam entender, descrever e resolver conflitos de interesses entre quem tem os meios que o capacitam para realizar sua vida e quem não os tem. Ao priorizar os "vulnerados" que não dispõem de tais meios, pretende respeitar concretamente o princípio de justiça, já que aplica a eqüidade como condição sine qua non da efetivação do próprio princípio de justiça para atingir a igualdade. Este é o sentido stricto sensu da Bioética da Proteção. Mas existe um sentido lato sensu, que aplica no contexto da globalização e visa proteger todos os seres vivos contra o sofrimento e a destruição evitáveis. O artigo tenta
mostrar como o conceito de proteção se situa no âmago da própria ética e como se relaciona com os conceitos de ethos, oikos, zoé, bíos, nomos e oikonómia, implícitos nos debates atuais acerca dos efeitos negativos sobre o ambiente natural, modos de vida e a própria saúde humana. Nesse sentido, a Bioética da Proteção pretende refletir sobre a problemática da sobrevivência do mundo vital e da qualidade de vida de seus integrantes ou hóspedes.

Palavras-chave:

Bioética da Proteção, Vulneração, Globalização, Ambiente

Biografia do Autor

Fermin Roland Schramm

Licenciado em Letras pela University of Génève, mestre em Semiologia pela Ecole des Hautes Etudes en Sciences Sociales, doutor em Saúde Pública pela
Fundação Oswaldo Cruz e pósdoutor
em Bioética pela Universidade do Chile.
Pesquisador titular da Fundação Oswaldo Cruz, pesquisador 1C do CNPq e consultor em Bioética do Instituto Nacional de Câncer (INCA / RJ)

Publicado:

2009-07-03

Downloads

Como Citar

1.
Schramm FR. Bioética da Proteção: ferramenta válida para enfrentar problemas morais na era da globalização. Rev. bioét.(Impr.). [Internet]. 3º de julho de 2009 [citado 28º de março de 2024];16(1). Disponível em: http://revistabioetica.cfm.org.br/revista_bioetica/article/view/52