Comunicação e consentimento na pesquisa e na clínica: análise conceitual

Autores

  • Fermin Roland Schramm ENSP/FIOCRUZ

Resumo

Os dispositivos da comunicação e do consentimento fazem parte das ferramentas da prática em pesquisa e da prática clínica, e têm, portanto, importante dimensão moral em bioética. Isso se deve ao fato de serem
estruturados pela dialética entre a conflituosidade inerente ao ethos e as tentativas de estabelecer convergências nele. Essas convergências podem se apresentar como modalidades de tentativa de harmonia entre as partes (como sugerido por Maliandi), ou, mais simplesmente, como maneira de os agentes morais obterem permissão (como sugerido por Engelhardt) do uso dos corpos dos pacientes morais. O artigo propõe análise conceitual desses dispositivos, por considerá-la condição necessária para abordar a moralidade das práticas de pesquisa envolvendo seres humanos e a prática clínica, que se dão entre agentes e pacientes morais.

Palavras-chave:

Comunicação. Consentimento livre e esclarecido. Conflito de interesses.

Biografia do Autor

Fermin Roland Schramm, ENSP/FIOCRUZ

Licenciado em Letras pela Université of Génève, mestre em Semiologia pela Ecole des Hautes Etudes en Sciences Sociales, doutor em Saúde Pública pela
Fundação Oswaldo Cruz e pósdoutor
em Bioética pela Universidade do Chile.
Pesquisador titular da Fundação Oswaldo Cruz, pesquisador 1A do CNPq e consultor em Bioética do Instituto Nacional de Câncer (INCA / RJ)

Como Citar

1.
Schramm FR. Comunicação e consentimento na pesquisa e na clínica: análise conceitual. Rev. bioét.(Impr.). [Internet]. 30º de março de 2017 [citado 23º de abril de 2024];25(1). Disponível em: http://revistabioetica.cfm.org.br/revista_bioetica/article/view/1384